A maledicência é um mal que destrói...
“Nunca falar mal dos outros” (Papa Francisco)
Falar mal de alguém equivale a vendê-lo. Assim como fez Judas, que vendeu Jesus por trinta denários.
Falar mal dos outros, bisbilhotar a vida alheia, criticar são comportamentos corriqueiros, que acontecem ou podem acontecer com qualquer cristão. São tentações do inimigo que deseja nos roubar a paz. Papa Francisco, na breve homilia da missa celebrada na Quarta-feira Santa na Casa Santa Marta, nos admoestou contra as intrigas. Falar mal de alguém equivale a vendê-lo. Assim como fez Judas, que vendeu Jesus por trinta denários.
O Papa fez uma reflexão sobre o gesto de Judas, um dos doze, que não hesitou em vender Jesus aos chefes dos sacerdotes. “Jesus é como uma mercadoria: é vendido”. Isto acontece “muitas vezes no mercado da historia, no mercado da nossa vida. Quando fazemos uma escolha pelos trinta denários e deixamos Jesus de lado”.
Quando entre nós a conversa se torna intriga, difamação, segundo o Papa “esta é uma venda” a pessoa no centro do nosso falatório“ torna-se uma mercadoria”. “Não sei porquê” – disse ainda o Pontífice – “mas há uma alegria obscura no falatório”. Começa-se com palavras boas, mas depois vem o falatório. E começa-se aquele “arranhar o outro”. Deveríamos pensar que todas as vezes que nos comportamos assim, “fazemos a mesma coisa que fez Judas”,que quando vendeu Jesus aos chefes dos sacerdotes, “tinha o coração fechado, não tinha compreensão, não tinha amor, não tinha amizade”.Não temos amor, não temos amizade quando falamos mal do próximo, tudo torna-se mercadoria: “vendemos os nossos amigos, os nossos parentes”.
E assim o Papa Francisco nos falou mais uma vez sobre o perdão: “Peçamos perdão, porque o que fazemos ao próximo, ao amigo, fazemo-lo a Jesus.Porque Jesus está neste amigo.Peçamos a graça de não “arranhar” ninguém”. “E se nos apercebemos de que alguém tem defeitos” e a nossa conversa pode fazer-lhe mal – conclui il Papa – “não façamos justiça com a nossa própria língua, mas rezemos ao Senhor, para o bem do outro:Senhor, ajuda-o”.
Peçamos ao Senhor, com o coração aberto, a graça de não fazermos justiça com a nossa própria língua, para o bem do irmão e para o nosso próprio bem, pois cabe ao cristão não julgar, porque o único juiz é o Senhor. E se tivermos algo a falar, dizermos somente aos interessados.
Fonte: it.radiovaticana.va
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