ORAÇÃO DE INTERCESSÃO

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, nós vos agradecemos a vida de Madre Leônia. Nós vos louvamos pela sua disponibilidade em cumprir a vossa vontade, seguindo Jesus Missionário e Redentor. Nós vos bendizemos pelo seu amor dedicado à Igreja, anunciando o Evangelho e servindo os irmãos e irmãs principalmente os mais pobres.

Suplicamo-vos ó Pai, a graça de amar e servir os pobres e a missão evangelizadora da Igreja. Que a Eucaristia e o Imaculado Coração de Maria nos ajudem a sermos fiéis ao vosso projeto divino, vivendo o ideal de amor e santidade a que somos chamados pelo batismo.

Concedei-nos, ó Pai misericordioso a glorificação de Madre Leônia, aqui na terra, para o incentivo nosso e de toda Santa Igreja. Por intercessão dela, vos pedimos a graça... (cada um pense, em silêncio na graçca que mais deseja receber de Deus). Por Cristo Nosso Senhor. Amém.


Imprimatur: +Dom Albano Cavallin


Londrina, 2 de fevereiro de 1998


Comunicar as graças alcançadas por intercessão de Madre Leônia Milito ao email tereclar@sercomtel.com.br

Arigatou Gozaimasu

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terça-feira, 25 de outubro de 2016

O garoto M


O garoto M

 By Tryssia Carmo 
Londrina, 25 de outubro de 2016 

 Hoje Aparecida e eu saímos para almoçar, ao sair de casa tínhamos combinado em almoçar em um lugar, mas no meio do caminho os planos mudaram e decidimos comer em outro lugar, onde uma vez fomos e não gostamos e agora que mudou a direção resolvemos arriscar e tentar novamente. Entramos no estacionamento do local e em meio a chuviscos que caia entramos no estabelecimento. Eis que sentado ali na frente tinha um garoto negro vendendo chicletes, olhamos e entramos. Sentei à mesa e falei para a Aparecida vou lá fora ver se aquele garoto quer comer, ela disse “vai sim”. Fui lá fora e perguntei qual era o nome dele e a idade e com a voz lá no fundo e os olhos tristes me respondeu: “meu nome é M” e tenho treze anos. Eu perguntei se ele já havia almoçado e me disse que não, e eu perguntei se ele queria comida ou um lanche, com a voz baixa me disse que preferia comida. Entrei no estabelecimento e falei para a Aparecida e se trouxermos o garoto para comer conosco aqui dentro?! Deve ser tão ruim comer lá fora e entrando ele pode escolher o que quiser e tiver vontade de comer. O gerente do local muito simpático acolhia os que chegavam, o chamamos e perguntamos se o estabelecimento tinha algum problema se trouxéssemos o garoto para comer na nossa mesa, o rapaz com um belo sorriso nos disse que não tinha problema nenhum trazer o garoto. Assim fizemos, voltei lá fora e o convidei para entrar e comer à mesa conosco, o olhar dele mudou e brilhou, aceitando o convite, ele entrou comigo e o coloquei na cadeira ao meu lado; ele segurava uma mochila surrada e a caixinha de chicletes, eu disse que colocasse a mochila no chão e a caixinha de chicletes em cima da mesa, ele assim fez. Percebemos algumas reações no estabelecimento, a Aparecida do ângulo que estava sentada percebeu uma mulher tapar o rosto para não ver a cena de colocarmos à mesa junto conosco um garoto pobre, negro e mal vestido, do ângulo que eu estava, uma mulher com sua família me sorriu, entendi que o sorriso dela era de satisfação pelo gesto de colocar o menino à mesa conosco. Enfim são diversas as reações, um dos garçons se aproximou de nós e nos disse que ficou edificado com o gesto de trazermos o garoto para sentar à mesa. Demos a M o cardápio e ele não sabia o que escolher, talvez por tantas opções ou por vergonha, dissemos que ele ficasse a vontade e escolhesse o que quisesse, mas ele não escolhia, então fomos ajudando com perguntas, se ele gostava de carne, de frango, até que disse que preferia frango e então junto conosco decidiu por um prato com arroz, feijão, frango, batata frita e salada. A salada só comeu um pouquinho e baixou a cabeça com vergonha, e dissemos para ele ficar tranquilo, que senão quisesse não precisava comer, ele pareceu se sentir aliviado, dai chegou o prato principal, ele estava de boné e imediatamente ao se deparar com o prato à sua frente, ele tirou o boné, atitude que achei muito bonita, e começou comer depressa, comeu toda carne, todo feijão, deixou um pouquinho de arroz e um pouco de batata frita, ai perguntamos se ele estava satisfeito e disse que sim que estava, eu perguntei se ele queria levar a batata frita para comer mais tarde e ele quis. Chamei a garçonete e pedi para embalar a batata para ele levar, e ela disse que a embalagem tinha um custo de R$ 2,00 reais, e dissemos que tudo bem. Ao voltar com a batata embalada nos sorriu e disse a embalagem não será cobrada. Depois que comemos e que o M também comeu, conversamos com ele, demos a ele alguns conselhos, o incentivamos continuar estudando. Agradecido ele levantou da mesa, colocou o boné, pegou a mochila e a caixinha de chicletes, e com um sorriso de gratidão nos disse DEUS ABENÇOE. Obrigada ao garoto M que podemos chamar de M esperança. Obrigada M por aceitar nosso convite. Quero encontrar mais vezes com ele para quem sabe conversar e conhecer mais seus anseios, saber de seus sonhos, de suas esperanças. Só tenho que agradecer a Deus por suscitar o desejo de ajudar alguém concretamente, só Deus pode nos dar essas inspirações. Obrigada Senhor. Ps: Não quisemos tirar foto com M, achamos que não seria o momento para isso. 

 “O estômago não tem relógio, o pobre e faminto também não. Então, não podemos nos irritar se ele bate à nossa porta pedindo comida fora do horário que para nós é uma regra. A fome é urgente e precisa ser acudida com urgência.” (Tryssia, 2006)