CONTEMPLAÇÃO
Ao descer ao meu santuário interior em uma bela praia quase sempre deserta; ainda era escuro, pois o sol não havia nascido no vasto horizonte.
Chegando à bela praia, caminhando na areia orvalhada pelo sereno da madrugada, fui encontrando-me com minha comunidade interior, àquelas pessoas as quais tenho certa confiança e que sempre me acompanham, dentre elas Maria com a qual eu ia conversando e partilhando a vida; em um determinado momento perguntei a Ela de seu Filho Jesus Ela me disse que Ele viria assim que o sol nascesse, e continuamos caminhando...
Chegou a grande hora do nascer do sol, então paramos e ficamos olhando para o vasto horizonte que aos poucos ia clareando, e nisso junto com o sol aparecia Jesus radiante de alegria; de muito longe por sobre as águas do mar, já iluminada pelo sol, Ele foi chegando na praia onde nós estávamos.
Convidei para que Ele caminhasse conosco e fui ao seu lado, onde pudemos ir conversando; pedi para que Ele me levasse até a grande muralha de pedra existente em meu santuário interior, pois pela primeira vez eu queria entrar dentro dela. Nunca havia me atrevido ir até lá, pois achava fora do meu alcance e preferia vê-la somente de longe, mas com a beleza do nascer do sol fui impulsionada a ir até lá por isso pedi para que Jesus me acompanhasse, e conosco ia toda minha comunidade interior.
Subindo a alta montanha onde está situada a grande muralha de pedra, pedi para que entrasse comigo somente Jesus e Maria, pois para mim era algo muito novo.
Ao irmos entrando, íamos abrindo as portas e janelas para que os raios de sol pudessem entrar no interior de cada cômodo, alguns eram abertos com muita facilidade, outros tínhamos certa dificuldade, mas com esforço se abria e outros não conseguimos entrar, pois ainda estavam lacrados.
Frustrei-me um pouco, pois queria conhecer cada cômodo daquela imensa muralha de pedra com um interior muito vasto e com cômodos belíssimos; mas Jesus dizia que aos poucos no decorrer do tempo todos os cômodos iriam sendo abertos e iluminados pelo sol, mas que só o tempo poderia abri-los.
Lá dentro me deparei com muitas coisas belas, totalmente iluminadas e aquecidas pelos raios solares, encontrei no interior da muralha muitas belas recordações ocorridas em minha vida, retratos de meus potenciais iluminados e coloridos. Encontrei também cômodos com muita poeira a ser removida, mas que por debaixo dessa poeira há um brilho, basta limpar com cuidado para que ele apareça e irradie por toda muralha.
Nos cômodos que eu ainda não consegui entrar, sentia que algo de muito escondido havia ali dentro, algo que no passado foi marcado profundamente em mim e que eu não consigo abrir esse cômodo por medo de sofrer novamente; sinto que a chave para abrir todos os outros cômodos está guardada dentro desse, e sinto ainda que essa chave após descoberta será a chave que dará a resposta a todos os meus medos, inseguranças, dependências, necessidades...
Chegou o momento em que após saborear os espaços abertos e “entender” os espaços fechados, eu, Jesus e Maria fomos saindo de dentro da muralha e novamente fomos nos encontrar com minha comunidade interior. Contei a todos o que havia passado lá dentro e todos me incentivaram a continuar buscando a chave para minha libertação.
Aos poucos fui despedindo-me de toda minha comunidade interior, agradecendo a cada um por sua disponibilidade em estar comigo, sentia-me totalmente aquecida pelo calor do sol e agradecida por ter entrado dentro da muralha de pedra em companhia de Jesus e de Maria que me acompanharam ao longo desse desafio.
Ao final da minha contemplação sentia-me totalmente acolhida e aquecida pelo amor do Deus Trindade e de Maria Santíssima; percebia que para o sol aquecer meu interior é preciso de minha parte: abertura, docilidade, abandono, fé, despojamento e vontade para o amor de Deus agir em mim.
Terminava esse momento de graça e contemplação louvando e agradecendo a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo por agir em meu interior com paciência e gratuidade, por ouvir com atenção aos meus apelos e acolher minhas limitações e minhas necessidades.
“Não terás mais necessidades de sol para te alumiar, nem de lua para te iluminar: permanentemente terás por luz o Senhor, e teu Deus por resplendor.” (Is 60,19)
Ao descer ao meu santuário interior em uma bela praia quase sempre deserta; ainda era escuro, pois o sol não havia nascido no vasto horizonte.
Chegando à bela praia, caminhando na areia orvalhada pelo sereno da madrugada, fui encontrando-me com minha comunidade interior, àquelas pessoas as quais tenho certa confiança e que sempre me acompanham, dentre elas Maria com a qual eu ia conversando e partilhando a vida; em um determinado momento perguntei a Ela de seu Filho Jesus Ela me disse que Ele viria assim que o sol nascesse, e continuamos caminhando...
Chegou a grande hora do nascer do sol, então paramos e ficamos olhando para o vasto horizonte que aos poucos ia clareando, e nisso junto com o sol aparecia Jesus radiante de alegria; de muito longe por sobre as águas do mar, já iluminada pelo sol, Ele foi chegando na praia onde nós estávamos.
Convidei para que Ele caminhasse conosco e fui ao seu lado, onde pudemos ir conversando; pedi para que Ele me levasse até a grande muralha de pedra existente em meu santuário interior, pois pela primeira vez eu queria entrar dentro dela. Nunca havia me atrevido ir até lá, pois achava fora do meu alcance e preferia vê-la somente de longe, mas com a beleza do nascer do sol fui impulsionada a ir até lá por isso pedi para que Jesus me acompanhasse, e conosco ia toda minha comunidade interior.
Subindo a alta montanha onde está situada a grande muralha de pedra, pedi para que entrasse comigo somente Jesus e Maria, pois para mim era algo muito novo.
Ao irmos entrando, íamos abrindo as portas e janelas para que os raios de sol pudessem entrar no interior de cada cômodo, alguns eram abertos com muita facilidade, outros tínhamos certa dificuldade, mas com esforço se abria e outros não conseguimos entrar, pois ainda estavam lacrados.
Frustrei-me um pouco, pois queria conhecer cada cômodo daquela imensa muralha de pedra com um interior muito vasto e com cômodos belíssimos; mas Jesus dizia que aos poucos no decorrer do tempo todos os cômodos iriam sendo abertos e iluminados pelo sol, mas que só o tempo poderia abri-los.
Lá dentro me deparei com muitas coisas belas, totalmente iluminadas e aquecidas pelos raios solares, encontrei no interior da muralha muitas belas recordações ocorridas em minha vida, retratos de meus potenciais iluminados e coloridos. Encontrei também cômodos com muita poeira a ser removida, mas que por debaixo dessa poeira há um brilho, basta limpar com cuidado para que ele apareça e irradie por toda muralha.
Nos cômodos que eu ainda não consegui entrar, sentia que algo de muito escondido havia ali dentro, algo que no passado foi marcado profundamente em mim e que eu não consigo abrir esse cômodo por medo de sofrer novamente; sinto que a chave para abrir todos os outros cômodos está guardada dentro desse, e sinto ainda que essa chave após descoberta será a chave que dará a resposta a todos os meus medos, inseguranças, dependências, necessidades...
Chegou o momento em que após saborear os espaços abertos e “entender” os espaços fechados, eu, Jesus e Maria fomos saindo de dentro da muralha e novamente fomos nos encontrar com minha comunidade interior. Contei a todos o que havia passado lá dentro e todos me incentivaram a continuar buscando a chave para minha libertação.
Aos poucos fui despedindo-me de toda minha comunidade interior, agradecendo a cada um por sua disponibilidade em estar comigo, sentia-me totalmente aquecida pelo calor do sol e agradecida por ter entrado dentro da muralha de pedra em companhia de Jesus e de Maria que me acompanharam ao longo desse desafio.
Ao final da minha contemplação sentia-me totalmente acolhida e aquecida pelo amor do Deus Trindade e de Maria Santíssima; percebia que para o sol aquecer meu interior é preciso de minha parte: abertura, docilidade, abandono, fé, despojamento e vontade para o amor de Deus agir em mim.
Terminava esse momento de graça e contemplação louvando e agradecendo a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo por agir em meu interior com paciência e gratuidade, por ouvir com atenção aos meus apelos e acolher minhas limitações e minhas necessidades.
“Não terás mais necessidades de sol para te alumiar, nem de lua para te iluminar: permanentemente terás por luz o Senhor, e teu Deus por resplendor.” (Is 60,19)
Tryssia (noviciado) - Curitiba/2001
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